domingo, 27 de fevereiro de 2011

E eu? Não te amo, ainda.

Não me entreguei, não fiz juras eternas, não disse ser a mulher da minha vida
mas parece que tudo caminha pra lá, você reclama da falta do amor e como as 
pessoas são idiotas e desprezivéis, diz que tudo que precisamos é amor e que ele é
como uma flor, precisa crescer. 
Como o bater das portas na casa abandonada me entrego
pronto pra restauração, não digo que vou ficar novo em folha, mas agora espero uma pincelada
com esmero, um sopro sobre a parede descascada, para me fazer teu lar, precisas primeiro entrar
mesmo que seja sem bater à porta, botar tuas coisas no canto da sala de jantar, ligar a velha vitrola
preparar aquele drink misturado com veneno... e assistir sua casa se refazer. 

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